O que a IA consegue fazer melhor que um estagiário?

Por: Fernanda da Ultimatum
- 06/08/2025
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O que a IA consegue fazer melhor que um estagiário? Uma análise prática para a advocacia moderna. Na rotina de um escritório de advocacia, estagiários sempre desempenharam um papel essencial. Responsáveis por tarefas operacionais, levantamento de jurisprudência, organização de documentos e apoio no atendimento aos clientes, eles fazem parte do pilar de sustentação do trabalho jurídico. No entanto, com a evolução da inteligência artificial (IA), surge uma pergunta incômoda, porém relevante: o que a IA consegue fazer melhor que um estagiário?
Como especialista jurídico e entusiasta da inovação, tenho acompanhado de perto a transformação digital na advocacia. E afirmo com segurança: a IA não veio para substituir o papel humano na essência do Direito, mas para otimizar, acelerar e entregar mais eficiência em processos que, muitas vezes, consomem o tempo e o potencial dos nossos futuros profissionais.
A seguir, explico de forma clara e objetiva onde a inteligência artificial pode, sim, superar um estagiário e por quê isso não deve ser visto como uma ameaça, mas como uma oportunidade estratégica para os escritórios de todos os tamanhos.
1. Pesquisa jurisprudencial em segundos
Tradicionalmente, a tarefa de buscar jurisprudência é atribuída a estagiários. Embora essa função tenha valor formativo, ela pode consumir horas de trabalho. Além disso, há o risco de que decisões importantes sejam ignoradas por falha humana, ou por simples limitação do tempo disponível.
A IA, por outro lado, pode realizar essa busca em poucos segundos, acessando bases amplas de dados com filtros avançados. Além disso, ela entrega resultados mais precisos com base no contexto e na análise semântica da linguagem jurídica.
Transição: Nesse sentido, escritórios que utilizam ferramentas com inteligência artificial conseguem não apenas mais agilidade, mas também maior assertividade na produção de peças jurídicas. O ganho é real, tanto em produtividade quanto em qualidade.
2. Geração automática de documentos
Modelos de petições, contratos e pareceres fazem parte da rotina diária do Direito. Muitas vezes, estagiários são incumbidos de montar peças a partir de modelos prontos, substituindo nomes, datas e cláusulas.
Porém, a IA consegue fazer isso com maior rapidez e menor margem de erro. Ferramentas modernas preenchem automaticamente os dados a partir de formulários, validam a coerência das cláusulas e até sugerem correções com base em normas atualizadas.
Além disso, a IA pode gerar rascunhos completos com base em dados inseridos, entregando ao advogado um ponto de partida já estruturado.
3. Extração de dados e leitura de documentos complexos
Outra atividade recorrente para estagiários é a leitura de processos ou contratos longos, com o objetivo de identificar prazos, cláusulas relevantes ou pontos críticos.
Contudo, a IA tem demonstrado uma performance superior nesse aspecto. Com tecnologia de NLP (Processamento de Linguagem Natural), sistemas inteligentes conseguem ler e compreender documentos jurídicos extensos em poucos instantes, destacando as informações mais relevantes para o caso.
Desse modo, os advogados ganham uma visão estratégica mais rápida, podendo tomar decisões com base em dados extraídos automaticamente e com alta precisão.
4. Controle de prazos e fluxos processuais
Acompanhar o andamento de processos e controlar prazos processuais são tarefas fundamentais, mas que exigem atenção constante. Estagiários frequentemente assumem essa responsabilidade, o que, por vezes, resulta em falhas humanas causadas por excesso de demanda ou simples desatenção.
Hoje, sistemas com inteligência artificial realizam esse acompanhamento de forma autônoma, notificando automaticamente os advogados sobre alterações no processo, prazos iminentes ou decisões judiciais publicadas.
Logo, a segurança e a previsibilidade na gestão processual aumentam significativamente.
5. Atendimento automatizado e triagem de clientes
Em escritórios com alto volume de demandas, é comum que estagiários realizem a primeira triagem dos atendimentos, coletando informações iniciais para análise posterior pelos advogados.
Entretanto, com o uso de chatbots jurídicos baseados em IA, essa etapa pode ser realizada com eficiência, 24 horas por dia. Os bots identificam o tipo de demanda, coletam documentos e direcionam o atendimento de forma organizada.
Dessa forma, o tempo dos advogados é poupado, e o cliente tem uma resposta mais ágil, o que melhora a experiência geral com o escritório.
6. Organização e arquivamento inteligente
Organizar documentos, nomear arquivos corretamente e manter a estrutura do dossiê de um caso é uma tarefa que exige disciplina e tempo. Estagiários normalmente assumem essa responsabilidade, mas podem cometer equívocos, principalmente em ambientes com grande volume de processos.
Soluções de IA conseguem organizar os documentos de forma automática, usando critérios como número do processo, nome das partes, datas e natureza da ação. Consequentemente, a estrutura de arquivos se mantém organizada, padronizada e acessível para toda a equipe.
7. Análise de risco e previsão de resultados
Embora essa atividade seja mais estratégica e menos atribuída a estagiários, vale destacar que a IA já é capaz de realizar análises preditivas com base em dados históricos. Com algoritmos que cruzam milhares de decisões judiciais semelhantes, a IA pode prever com razoável grau de confiança a chance de êxito de uma ação.
Assim, a tomada de decisão passa a ser baseada em dados, e não apenas em intuição ou experiência anterior.
Mas afinal, a IA substitui o estagiário?
A resposta é: não completamente. Embora a inteligência artificial realize muitas tarefas operacionais com mais eficiência, ela não substitui o aprendizado prático, o raciocínio jurídico, a empatia no atendimento ao cliente e a capacidade de interpretar nuances humanas que fazem parte da formação de um bom advogado.
Portanto, o papel da IA é complementar, e não concorrente. Ela libera o estagiário e os demais profissionais para focarem no que realmente importa: o exercício do Direito com profundidade, ética e estratégia.
Como preparar seu escritório para essa nova realidade?
Integrar a inteligência artificial na rotina do escritório exige mais do que tecnologia. É preciso mudança de cultura, capacitação da equipe e escolha de ferramentas confiáveis. Escritórios que já incorporaram a IA em seus fluxos de trabalho relatam maior produtividade, menor taxa de erros e satisfação dos colaboradores.
Além disso, usar a IA de forma estratégica pode ser um diferencial competitivo, especialmente para pequenos e médios escritórios, que precisam equilibrar qualidade com eficiência operacional.
Conclusão
A inteligência artificial está mudando a forma como atuamos na advocacia e isso é uma excelente notícia. Em vez de enxergá-la como substituta, devemos vê-la como parceira. Ela executa com maestria as tarefas repetitivas e operacionais, permitindo que o estagiário cresça, aprenda e se desenvolva em atividades realmente relevantes.
Ao adotar a IA de forma inteligente, os escritórios abrem espaço para inovação, melhoram a entrega ao cliente e fortalecem o seu posicionamento no mercado. O futuro da advocacia é híbrido: tecnologia e talento humano lado a lado, cada um atuando onde é mais eficiente.
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