Fake News é crime

Fake News é crime! Mas o que é Fake News? São informações ou notícias falsas que são criadas e compartilhadas com a intenção de enganar ou manipular o público. Esses conteúdos podem ser disseminados por vários meios, como redes sociais, websites, e até mesmo veículos de comunicação tradicionais. As fake news podem ter diferentes motivações, incluindo:

  • Manipulação política: Influenciar opiniões e decisões políticas.
  • Ganhos financeiros: Atrair cliques em sites (clickbait) para gerar receita publicitária.
  • Prejuízo a reputações: Difamar pessoas, organizações ou grupos.
  • Propaganda ideológica: Promover crenças ou agendas específicas.

Características comuns de fake news:

  • Títulos sensacionalistas ou exagerados.
  • Uso de fontes não confiáveis ou inexistentes.
  • Apelo emocional, como medo ou raiva, para impulsionar o compartilhamento.
  • Informações apresentadas sem contexto ou com dados manipulados.

Impactos das fake news:

  • Polarização da sociedade.
  • Perda de confiança em fontes legítimas de informação.
  • Tomada de decisões erradas, especialmente em contextos de saúde pública, política ou economia.

Como identificar fake news:

  • Verificar a fonte: É confiável? Tem histórico de publicar informações precisas?
  • Checar os fatos: Existem outras fontes respeitadas confirmando a informação?
  • Examinar a data: O conteúdo é atual ou foi retirado de contexto?
  • Evitar compartilhar impulsivamente: Analise criticamente antes de disseminar.

O combate às fake news é essencial para preservar a integridade da informação e promover uma sociedade bem-informada.

Impactos legais do compartilhamento de fake news

O compartilhamento de fake news pode acarretar impactos legais para os envolvidos, dependendo da jurisdição e das circunstâncias. As consequências variam conforme a gravidade da informação falsa divulgada, os danos causados e as leis locais. Abaixo estão alguns dos principais impactos legais:

1. Difamação, Calúnia e Injúria

Se a fake news prejudicar a reputação de uma pessoa ou empresa, o compartilhador pode ser processado por crimes contra a honra:

·       Calúnia: Acusar falsamente alguém de um crime.

·       Difamação: Atribuir um fato ofensivo à reputação de alguém.

·       Injúria: Ofender a dignidade ou decoro de alguém.

Exemplo: Acusar falsamente uma pessoa pública de corrupção.

Penalidade no Brasil: Detenção e multa, conforme os artigos 138 a 140 do Código Penal.

2. Propagação de Boatos em Contextos Sensíveis

Divulgar informações falsas que causem pânico, como fake news sobre pandemias ou desastres, pode caracterizar crimes:

  • Artigo 41 da Lei de Contravenções Penais: Punição por provocar alarme falso.
  • Lei 13.869/2019 (Lei de Abuso de Autoridade): Caso o autor use sua posição de poder para disseminar notícias falsas.

Exemplo: Divulgar um boato de que uma vacina causa doenças sem provas científicas.

3. Responsabilidade Civil por Danos

A pessoa que compartilha fake news pode ser responsabilizada por danos materiais e morais se a informação causar prejuízo financeiro ou emocional a terceiros.

Exemplo: Fake news que prejudica a reputação de uma empresa, resultando em perda de contratos.

4. Propagação de Fake News Eleitorais

Durante períodos eleitorais, a disseminação de notícias falsas pode configurar crime eleitoral, conforme o Código Eleitoral (art. 323 e art. 326):

  • Punição para quem calunia candidatos.
  • Penalidade para quem dissemina informações falsas para influenciar o resultado da eleição.

Exemplo: Divulgar fake news sobre um candidato para desacreditá-lo.

5. Crime Cibernético

Fake news compartilhadas na internet podem ser enquadradas na Lei nº 12.737/2012 (Lei Carolina Dieckmann), que trata de crimes digitais. Dependendo do conteúdo, o ato pode ser tratado como:

  • Invasão de dispositivos para adulteração de dados.
  • Associação com fraudes

6. Discriminação e Discurso de Ódio

Fake news que incitem preconceito, racismo ou violência contra grupos específicos podem ser enquadradas em leis de combate à discriminação, como a Lei nº 7.716/1989.

Exemplo: Divulgar informações falsas que promovam ódio contra minorias.

Como se proteger legalmente?

1.    Verifique informações antes de compartilhar: Utilize plataformas de checagem.

2.    Cuidado com redes sociais: Mesmo o “compartilhamento inocente” pode trazer responsabilização.

3.    Consulte um advogado: Em caso de dúvidas ou se você for alvo de fake news.

O combate à disseminação de fake news não é apenas uma questão ética, mas também um dever legal em muitas circunstâncias.

 Marco Civil da Internet

O Marco Civil da Internet é a Lei nº 12.965/2014, que estabelece os princípios, garantias, direitos e deveres para o uso da internet no Brasil. Considerado um marco na regulação digital, ele promove o equilíbrio entre a liberdade de expressão, a privacidade e a proteção de dados pessoais, além de regulamentar a responsabilidade de usuários e provedores de serviços online.

Princípios do Marco Civil da Internet

1.    Garantia da liberdade de expressão: Os usuários têm direito à livre manifestação de ideias, salvo casos de abusos definidos em lei.

2.    Privacidade e proteção de dados: As informações dos usuários devem ser protegidas e utilizadas conforme as leis e com consentimento explícito.

3.    Neutralidade da rede: Todos os dados na internet devem ser tratados de forma igual, sem discriminação por parte dos provedores de conexão.

4.    Responsabilidade dos agentes: Estabelece limites para as responsabilidades de provedores de internet e usuários.

5.    Preservação do caráter democrático da rede: A internet deve ser um ambiente aberto, acessível e plural.

Algumas Dicas para não divulgar fake news

Para evitar compartilhar fake news e contribuir para a disseminação de informações falsas, siga estas dicas práticas:

1. Desconfie de títulos sensacionalistas

Se o título parecer exagerado, emocional ou incrível demais para ser verdade, é um sinal de alerta.

Exemplo: “Remédio caseiro cura todas as doenças em 24 horas!”

2. Verifique a fonte

Confira se o conteúdo foi publicado por veículos de comunicação confiáveis ou sites com histórico de credibilidade. Cuidado com sites de aparência duvidosa ou sem informações de contato.

3. Confirme a informação em outras fontes

Procure a mesma notícia em portais reconhecidos e respeitados. Se nenhuma fonte confiável mencionar o fato, pode ser falso ou distorcido.

4. Leia além do título

Muitas fake news usam títulos chamativos para enganar leitores apressados. Leia o conteúdo completo antes de tirar conclusões ou compartilhar.

5. Cheque a data

Notícias antigas podem ser republicadas fora de contexto como se fossem recentes. Verifique a data de publicação e a relevância atual da informação.

6. Use plataformas de checagem

Consulte sites especializados em verificação de fatos, como:

7. Observe o conteúdo visual

Fotos e vídeos podem ser manipulados ou retirados de contexto. Faça buscas reversas de imagens no Google para verificar a origem.

8. Questione a origem do texto

Muitos boatos começam com frases como:

  • “Recebi no WhatsApp.”
  • “Disseram que foi confirmado, mas não saiu na mídia.”
  • Essas frases geralmente indicam rumores sem comprovação.

9. Não compartilhe impulsivamente

Se tiver dúvidas sobre a veracidade, não repasse. É melhor verificar antes do que se arrepender depois.

Ao seguir essas dicas, você contribui para um ambiente online mais saudável e evita participar da disseminação de informações enganosas.

 Conclusão

A disseminação de fake news representa um dos maiores desafios da era digital, afetando a confiança nas instituições, a coesão social e até a tomada de decisões pessoais e coletivas. Elas têm impactos profundos, como a polarização política, a propagação de preconceitos e o enfraquecimento da credibilidade de fontes legítimas de informação.

Combater fake news exige responsabilidade individual e coletiva. É fundamental que cada pessoa desenvolva uma postura crítica em relação às informações consumidas e compartilhadas, enquanto governos, empresas de tecnologia e a sociedade civil trabalham juntos para criar mecanismos eficazes de prevenção e combate à desinformação.

Ao priorizar a educação midiática, a checagem de fatos e a transparência na comunicação, podemos reduzir os efeitos negativos das fake news, promovendo um ambiente mais confiável e colaborativo para todos. A responsabilidade começa com cada um de nós, ao refletir antes de compartilhar.

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